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  • Foto do escritorRodrigo Souza

O Atentado ao Presidente (Parte 6)



Yuri em uma curta ligação diz rapidamente à sua chefa: Eu fico com a reportagem. Sua editora muito igualmente rápida diz “ok”. Um dos primeiros lugares que Yuri Medeiros visita, com discrição ninja, foi a casa da ex-namorada de Marcus Grécia. A modelo Ellen Amazonas. Morando numa casa em área nobre, a modelo hoje vive uma vida discreta, sem precisar trabalhar. Muitos dizem que depois de seu namoro com Grécia a vida dela mudara completamente, financeiramente falando, inclusive. Yuri passa muito tempo em frente a casa em seu carro que destoa do bairro elegante. Um fiat uno branco sem calotas é como um elefante cor de laranja num canto de uma sala de estar. Muito obviamente, a modelo ao sair percebe o carro, e aquele rapaz de olhos puxados vindo em sua direção. Ela fica nervosa e apressa o passo em direção ao seu veículo estacionado mais adiante. Ele a chama pelo nome. Ela olha com surpresa dizendo: Não sei de nada sobre o Grécia, não me pergunte nada. Yuri se surpreende com o recibo de entrega feito ali sem muita pressão.

- Olá. Eu gostaria apenas que você confirmasse mesmo sem palavras uma única coisa: Ele ainda tinha a casa da rua Kennedy?

Ellen responde positivamente balançando a cabeça e entrando no carro. Ele com objetividade retorna ao seu e segue para na Rua Kennedy, 787. Nesta rua, Grécia era proprietário de uma casa muito grande, abandonada há certo tempo, pelo menos aparentemente. Medeiros sabia que lá seria o lugar perfeito para guardar os maiores segredos de qualquer um.

Ele estaciona distante. Caminha em direção aos fundos da casa. Ele sabe que tem pouco tempo até a polícia saber que aquela propriedade pertencia também a Grécia. Ele encontra uma porta muito apodrecida. Sem muito esforço tem acesso a uma garagem com muitos entulhos e barulhos de ratazanas. Medeiros anda em direção ao acesso da casa. Estranhamente percebe que a porta não está trancada. Ele caminha lentamente. Caminha pelos cômodos do primeiro andar variando entre o atento e o estabanado. Ele chega a um dos estúdios de Marcus. Encontra diversas fotos abandonadas. Coisas artísticas e outras nem tanto. Apesar de vasculhar tudo, Yuri não encontra nada que fosse importante para sua reportagem, mas numa das fotos, ele vê uma moça muito bonita fotografada em várias situações cotidianas. Nada que fosse artístico ou de flagrante crime. Parecia coisa de quem estava sendo espionada. Numa das fotos, a mulher estava entrando em seu carro vermelho, parecia trajar roupas de hospital. Atrás de uma das fotos, escrito com uma letra muito mal feita mas possível de ser entendida “Sofia Rayol – a ponte”. Yuri nota que são fotos recentes, pois muitas delas estavam datadas pela própria câmera. Com isso, conclui que Marcus Grécia havia estado naquela casa há poucos dias, mesmo com todo o aspecto de casa abandonada. Havia ainda muitos cômodos a serem vasculhados. Mas já uma certeza estava pacificada na mente do jornalista, uma das pontas do emaranhado estava sendo encontrada naquele instante...


...e se chamava Sofia...


...e ela era uma ponte.

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