top of page

Nova ordem mundial

  • Foto do escritor: Rodrigo Souza
    Rodrigo Souza
  • 28 de jun.
  • 2 min de leitura

Uma amazona. O olhar de uma fera. Aterradora. O centro da sua pupila brilha como o metal mais afiado. Corta a medula em dez. Corta-me nu, à frio. E sem nenhuma anestesia me feriu. Com um golpe de amor in natura. Como um gole de sabor no cantil.

Seus passos são de uma riqueza inca. Suas ancas de uma deusa maia. Seus peitos como as pirâmides. E o nilo que me desmaia. Que de sabores são abundantes. Que à dissabores a vida valha. 

Há tanto tempo que te anunciavam. Os profetas da bíblia. Os ciganos da vila. Os rishis da Índia. Os sambas de esquina. Há tanto tempo que os pássaros já sabiam, e justamente a migrar se iam. De tempos em tempos se aborreciam, pensando em perder o que era instinto. O medo de faltar ao dia divino. Esse era o motivo de em bando voltarem. Para nada mais que testemunhar. Que és venerável. Toda a natureza enfim agora já sabe o que faz ela ter tantas estações, tantos furacões, tantas regiões montanhosas e praias de se tomar banho, águas tão límpidas, rios imensos, perigos e vulcões. Tu, deusa dos dias. Tu filtras a foz do Amazonas. Tu fostes vista como fênix. Que se dizia que voava, nua, feito fênix. Um fogo de fênix. Em outros momentos fostes vista como Afrodite. Tu és a mitologia completa. Tu és o tempero que tempera as frutas. Tu és a fervura da temperatura. Tu és criatura que cria a ternura. Tu és a cura. Quem sabe tu és o motivo de tudo assim ter sido. De termos explodido, o big-bang, o crescimento exponencial do universo. Criou o tempo. Criou o espaço. Criou o tempo-espaço. Criou a Lei de Newton. Criou o quindim. Criou o café. Criou o dia para o bom dia. Criou a tristeza pra que a gente soubesse o que é alegria. Criou até a ciência para que um dia a poesia se impusesse, mudando o paradigma. Tu és todos e nenhum paradigma. Não há como a história ignorar que tu fostes a verdadeira gana da conquista de Alexandre o Grande. Nem os jornais podem mais omitir que tu és o brilho erótico da mente de Moraes. Tu és a própria justiça. Tu és a justeza. Tu és uma alteza. Tu és de uma só vez o fim do ateísmo e a reinauguração da monarquia. Tu és impossível de ser ignorada pela astrologia, muito menos pela astronomia. Há de se refazer todos os livros didáticos. Há de se reorganizar a economia. 



          

 
 
 

コメント


©2020 por NasCrônicas. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page